A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma condição em que o ácido do estômago flui de volta para o esôfago, o tubo que conecta a garganta ao estômago. Esse refluxo ácido pode causar uma série de sintomas desconfortáveis e, se não tratado adequadamente, pode levar a complicações.

Principais Características:

• Refluxo Ácido: O ácido do estômago, normalmente destinado a permanecer no estômago, retorna ao esôfago.
• Azia: Sensação de queimação ou desconforto na região do peito, muitas vezes após as refeições.
• Regurgitação: Retorno de alimentos ou líquidos para a garganta ou boca.
• Tosse Crônica: O refluxo pode irritar as vias respiratórias, levando a uma tosse persistente.
• Rouquidão ou Alterações na Voz: Pode ocorrer devido à irritação das cordas vocais.
• Dificuldade para Engolir: Pode resultar da inflamação causada pelo ácido.
• Sintomas Noturnos: Os sintomas frequentemente pioram à noite, especialmente ao deitar.

Fatores de Risco:

• Hérnia Hiatal: Quando uma parte do estômago se projeta para o tórax através do hiato esofágico.
• Obesidade: O excesso de peso pode aumentar a pressão sobre o estômago.
• Gravidez: A pressão sobre o estômago pode aumentar durante a gestação.
• Tabagismo e Álcool: Podem contribuir para o relaxamento do esfíncter esofágico inferior.

O tratamento da DRGE envolve mudanças no estilo de vida, como ajustes na dieta e na postura ao dormir, e, em alguns casos, medicamentos para reduzir a produção de ácido. Em situações mais graves, a cirurgia pode ser considerada. Se você suspeitar de DRGE, é importante buscar orientação médica para um diagnóstico e plano de tratamento adequados.

A Cirurgia Bariátrica é indicada para pessoas que têm obesidade grave e que não conseguiram perder peso de forma eficaz através de métodos não cirúrgicos, como dieta, exercícios e medicamentos. As diretrizes para a indicação da cirurgia bariátrica geralmente seguem critérios específicos, e a decisão é individualizada, baseada em avaliação médica e discussão entre o paciente e a equipe de saúde.

Os critérios comuns para considerar a cirurgia bariátrica incluem:

• Índice de Massa Corporal (IMC): Geralmente, a cirurgia é considerada quando o IMC é maior que 40 kg/m². Também pode ser considerada para pacientes com IMC entre 35 e 40 kg/m² se houver comorbidades relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial ou apneia do sono.
• Falha em Métodos Convencionais de Perda de Peso: O paciente deve ter tentado e falhado em perder peso de forma sustentável por meio de métodos convencionais, como dieta e exercício, durante um período significativo.
• Comorbidades Relacionadas à Obesidade: A presença de condições de saúde significativamente afetadas pela obesidade, como diabetes, hipertensão, apneia do sono, entre outras.
• Comprometimento com a Mudança de Estilo de Vida: Pacientes devem estar dispostos a realizar mudanças significativas no estilo de vida, incluindo dieta e atividade física, após a cirurgia.
• Avaliação Psicológica: É comum realizar uma avaliação psicológica para garantir que o paciente esteja emocionalmente preparado para os desafios pós-cirúrgicos.

Cada caso é único, e a decisão sobre a cirurgia bariátrica deve ser tomada em conjunto entre o paciente, o cirurgião bariátrico, e a equipe multidisciplinar de saúde. É fundamental que o paciente compreenda completamente os riscos, benefícios e compromissos necessários antes de optar por esse procedimento.

A decisão de operar uma hérnia depende de vários fatores, e nem todas as hérnias requerem cirurgia imediata. O tratamento pode variar com base na gravidade dos sintomas, tipo de hérnia, e a presença de complicações. Aqui estão algumas considerações gerais:

• Sintomas Incômodos: Se a hérnia está causando dor persistente, desconforto significativo, ou impactando a qualidade de vida, a cirurgia pode ser considerada.
• Complicações: Algumas hérnias podem se tornar estranguladas, o que significa que o suprimento sanguíneo para a área afetada é comprometido. Isso é uma emergência médica e requer cirurgia imediata.
• Aumento de Tamanho: Se a hérnia está aumentando de tamanho ao longo do tempo, pode ser aconselhável considerar a cirurgia para evitar complicações futuras.
• Hérnia Inguinal em Homens: Em alguns casos, especialmente em hérnias inguinais em homens, a cirurgia pode ser recomendada mesmo que não haja sintomas significativos, devido ao risco aumentado de complicações.
• Desconforto ao Realizar Atividades Diárias: Se a hérnia está causando desconforto durante atividades cotidianas, como levantar objetos ou tossir, a cirurgia pode ser uma opção.
• Escolha do Paciente: Em alguns casos, a decisão de operar uma hérnia pode depender da preferência do paciente, especialmente se os sintomas não são graves, e o risco de complicações é considerado baixo.

É crucial que a decisão de realizar a cirurgia seja tomada em consulta com um profissional de saúde, geralmente um cirurgião, que avaliará o caso individualmente, considerando a saúde geral do paciente, a natureza da hérnia e outros fatores específicos. A cirurgia para hérnias é geralmente segura e eficaz, mas os benefícios e riscos devem ser cuidadosamente discutidos antes da intervenção.

A presença de pedras na vesícula biliar (cálculos biliares) nem sempre requer cirurgia imediata. O tratamento para pedras na vesícula depende da presença ou ausência de sintomas, da gravidade dos sintomas e de quaisquer complicações associadas. As opções de tratamento incluem:

• Observação sem Sintomas: Se uma pessoa tem cálculos biliares, mas não apresenta sintomas, o médico pode optar por apenas monitorar a situação. Em muitos casos, as pedras na vesícula não causam problemas e podem permanecer assintomáticas.
• Tratamento Medicamentoso: Alguns medicamentos podem ser prescritos para dissolver cálculos biliares em certos casos. No entanto, esse método nem sempre é eficaz, e o tratamento é geralmente reservado para cálculos pequenos e específicos.
• Cirurgia (Colecistectomia): Se os cálculos biliares causam sintomas recorrentes, complicações graves ou se a vesícula biliar está inflamada, a remoção cirúrgica da vesícula biliar (colecistectomia) pode ser recomendada. A cirurgia é comumente realizada por laparoscopia, um procedimento menos invasivo.

Os sintomas comuns associados a pedras na vesícula incluem dor abdominal intensa (cólica biliar), náuseas, vômitos e desconforto após as refeições gordurosas. Se ocorrerem complicações, como inflamação da vesícula biliar (colecistite) ou bloqueio do ducto biliar, a cirurgia pode ser a opção mais apropriada.

A decisão sobre o tratamento adequado deve ser feita em conjunto entre o paciente e o profissional de saúde, levando em consideração a gravidade dos sintomas, o histórico médico e outros fatores individuais. Em casos de sintomas graves ou complicações, a cirurgia pode ser uma solução eficaz para aliviar os problemas relacionados aos cálculos biliares.